segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

TESTE LONGA DURAÇÃO - 10.000Km COM A VESPA PX200E 1986

Bom dia amigos, segue material gentilmente cedido pelo nosso amigo Fábio Borba, também disponível no site http://www.vespaclubedobrasil.com.br/

Esta reportagem foi extraída da Revista MOTO SHOW  - Agosto 86 No. 42



PARTE I
TESTE EXCLUSIVO  LONGA DURAÇÃO 10.000 KM COM A VESPA  PX200E
Mais um teste de longa duração . Desta vez é a VESPA PX200E, lançada no Brasil em Outubro de 1985 o alvo de nossa análise. Infelizmente o balanço do desgaste das peças não pode ser analisado, pois as medidas originais são consideradas “segredo de Estado” PELA Piaggio da Itália. Portanto não temos a possibilidade de analisar com precisão este grau de desgaste. Mesmo assim desmontamos, e descobrimos coisas boas, coisas menos boas......

Reportagem de Marc Petrier e Carlos Caldas, Fotos de Luiz Henrique Mendes/Studio Três

Temos uma confissão a fazer a você, leitor. Quando fomos apanhar a nossa Vespa de teste, lá na MOTOVESPA em São Paulo, houve uma certa indecisão entre os membros da redação: ninguém estava com muita pressa de pegar o guidão daquele bicho estranho que fez tanto sucesso nas décadas de 50 e 60 ao contrário do que aconteceu como a CBX por exemplo, ninguém se apressou em gritar mais alto que os outros: “ Eu pego, pode deixar” Isso para resumir uma certa “desconfiança” – não muito justificativa aquela altura.... pois no fina destes dez mil quilômetros , todos aqueles que andavam com a Vespa acabaram gostando, apesar de todos fazerem várias ressalvas quanto a diversos itens, que vamos analisar no transcorrer desta matéria....

Ô DIA , Ô AZAR   

Como sempre costumamos fazer num teste como esse, usamos a Vespa dentro do tipo de uso o qual foi feita, ou seja, ninguém cismou de fazer algum enduro com ela, ou qualquer outra barbaridade do gênero. Mas também não conheceu apenas o uso tranquilo ao qual submeterá o usuário médio (ou padrão).

Nas mais diversas circunstâncias, como o trânsito urbano (que é seu principal universo), na estrada e na rodovia, fomos buscar os seus limites, para ver como ela se comporta, para buscar a fundo suas qualidades e seus defeitos, e também poder avaliar o mais precisamente possível o grau de resistência dos seus componentes. Na verdade, não precisamos muito, pois o destino se encarregou de exagerar um pouco em nosso lugar. Duvida? Então vamos lá........

As primeiras intervenções (pequenas) foram em cima da embreagem, que reclamou um primeiro ajuste aos 500 quilômetros rodados, e outro aos 800 Km. Em seguida, durante uma sessão de fotos noturnas na avenida Paulista (veja MOTOS-SHOW no. 34, páginas 36 3e 37), a Vespa ficou cansada e caiu sozinha. Saldo: um retrovisor....Ao mesmo tempo quebrou a trava do banco. Em seguida, o calço do cavalete caiu....Aliás , os retrovisores deram problemas mesmo sem tombos; iam soltando-se no encaixe da haste com as vibrações, e foram trocados três vezes.

Num belo fim de semana , Roberto Agresti decide levar a Vespa até a praia, no Guarujá. Na Estacionada a bichinha na garagem do prédio, e aí adivinha o que aconteceu....um vendaval arrancou o telhado da garagem que caiu onde? Sim, em cima da Vespa! Cavalete torto, retrovisor quebrado, tubo do acelerador torto e guidão fora de posição.... Até que não foi muita coisa, pelo tanto do vendaval....

Na revisão dos 1.500 quilômetros foi trocado o tubo do acelerador, o cavalete, o cachimbo da vela( trincado) , foram ajustados o guidão, a coluna de direção (que estava solta), a trava do banco (também solta) , os freios, a embreagem, além de uma limpeza no carburador, e do nível da bateria completado. Dar a partida ficou meio difícil durante algum tempo (além do normal).

Pouco depois foi a vez do Bob suceder ao Roberto como “piloto-de-Vespa-da-redação”, o o azar continuou no jogo: numa avenida de Sampa, viu sua trajetória sendo fechada por um caminhão; Bob fez de tudo para evitar o choque mas não deu. Saldo: chapa de aço ficou rasgada do lado direito, na frente do pedal de freio, além de um retrovisor falecido. Pouca coisa, mas felizmente o choque aconteceu em velocidade muito baixa . Depois , a Vespa passou pelas mãos de outros integrantes da redação.

Na verdade, esta onda de azar não levou apenas a uma série de pequenos tombos – todos nos primeiros 4.000 Km -, mas também afetou certos componentes da Vespa de maneira realmente anormal pois a Vespa tem uma reputação de grande robustez no mundo inteiro. Mas com a gente não deu sorte mesmo: incontáveis trocas de lâmpadas da lanterna e freio traseiro, coluna de direção solta e reapertada pela menos umas cinco vezes (veja na foto o estado do rolamento superior), troca do cabo da embreagem, trambulador de câmbio quebrado, cavalete novamente quebrado (desta vez partido no meio). Não se assuste, acabou! De resto, tudo transcorreu na mais perfeita normalidade (risos na redação)....

Um comentário:

  1. Fernando, podia pelo menos ter perguntado sobre usar a logo que eu fiz, não? O fórum não existe, mas a marca dele todos os outros conheceram... http://motonetaseafins.blogspot.com.br/2011/05/forum-motoneta-brasil.html

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